Mesmo com dinheiro em caixa, o governo do Acre está impedido de investir um centavo no programa Luz para Todos. Duas licitações feitas no Rio de Janeiro, pela Eletrobras, ficaram vazias, nenhuma empresa se interessou pela construção de 1,5 km de rede que deverá atender a 5 mil famílias em regiões de difícil acesso em todo o Estado.
A situação provocou a vinda do presidente da Eletrobras, Marcos Aurélio Oliveira da Silva ao Acre. A pedido do governador Tião Viana, Oliveira levou ao Ministério das Minas e Energia um estudo para viabilizar aumento em 18% no valor de R$ 21 mil que é pago no quilômetro de rede construída no Acre. A exigência foi feita pelas empresas que trabalham com o setor energético que não querem praticar preços de 2009.
A confirmação da vinda de Oliveira foi dada pelo coordenador do programa, Petrolino Filho, o Pelezinho. Ela ocorreu no mesmo período da queda das torres do linhão de Sena Madureira. Ainda segundo Pelezinho, até o final da tarde de ontem, a Eletrobras não havia sinalizado o início de mais um processo licitatório.
Uma das últimas comunidades beneficiadas pelo programa federal foi a do Rio Croa, localizada entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul. 40 km de rede foram construídas. 40 famílias já contam com a energia que é um atrativo a mais na região rica de belezas naturais.
- Tem comunidades muito mais distantes do que essa em que a logística é muito mais difícil. Tudo quem ser levado nas costas, no lombo de cavalo, barcos. O que compensa é o trabalho social estendido a essas comunidades – comentou Pelezinho.
Com a “falta de interesse dos empresários”, diferente do que anunciou a presidente Dilma Rousseff, as notícias não são muito boas para o Acre. Das 400 mil novas ligações previstas para todo o Brasil, no Estado, nenhum quilômetro de rede está licitado.
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